sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Represa em Betim corre o risco de ser comprometida por poluição



1 Introdução

            O termo “poluição” refere-se à degradação do ambiente por um ou mais fatores que podem ser prejudiciais a este. A poluição pode ser sonora, visual, térmica, atmosférica, por elementos radioativos e de vários outros tipos, dependendo da variação dos poluentes.
            Problemas neuropsíquicos, alterações na taxa de natalidade e mortalidade de uma população morte de rios e lagos, alterações drásticas na visão e audição, destruição na camada de ozônio, propagação de doenças infecciosas e mutações genéticas são apenas algumas das consequências que a poluição pode trazer.
            O acontecimento que marca o início desse problema é a Revolução Industrial, que trouxe consigo a urbanização e a industrialização. A consolidação do capitalismo incentivou a produção com o objetivo de acumular riquezas. Isso, aliado à vontade cada vez maior de obter produtos novos a todo o momento, afetou a consciência ambiental do homem, que passou a produzir cada vez mais rápido e com uma preocupação cada vez menor dos impactos causados na natureza.
            Além da produção desenfreada e ambientalmente inconsequente, temos o fator desperdício. A sociedade contemporânea descarta grande parte daquilo que é produzido (entre alimentos, roupas, objetos de uso diário), o que causa um acúmulo de lixo que traz consequências graves.
            Para que possamos ao menos tentar garantir um futuro melhor para o nosso planeta e para as pessoas que ainda irão viver nele, é necessário repensarmos nossas atitudes diárias que, em escala global, fazem enorme diferença, como jogar papéis pela janela do carro ou o fato de utilizarmos sacolas plásticas. Com toda tecnologia e acesso à informação que temos, não será fácil, mas será possível converter alguns dos danos já causados, e pensar em meios para evitar maiores danos ao nosso planeta.


2 Perguntas da pesquisa

           

·         Qual é a capacidade de abastecimento da lagoa?

·         Comparado com o estado da lagoa na década de 60, quais mudanças (no âmbito da poluição) podem ser notadas?

·         Sabe-se que o gasto no tratamento da água varia de acordo com o índice de poluição da lagoa. Esse fator pode influenciar para que haja maior preservação por parte da população?

·         Quais foram os fatores (ou agentes poluentes) que colaboraram para a degradação da lagoa nos últimos anos?

·         Alguma medida tem sido tomada para que haja a preservação da lagoa?


3 Justificativa       

            Tais perguntas foram escolhidas pelo o grupo para que os leitores da nossa pesquisa possam obter um maior conhecimento acerca do local, incluindo sua importância para a cidade, além dos problemas existentes causados pela própria população.
 

4 O que queremos alcançar com a pesquisa

            Por ser também um ponto turístico para os moradores da cidade aos finais de semana, entende-se que muitas das pessoas que a frequentam não sabem da importância da Várzea para o abastecimento da cidade.
A partir de tal pesquisa, buscamos, portanto um mais profundo entendimento sobre o maior reservatório de água presente na cidade de Betim, assim como esclarecimentos sobre seu funcionamento, seu estado de preservação e as previsões para seu funcionamento futuro.
Pretendemos também alertar os habitantes da cidade sobre os riscos que a crescente poluição da lagoa pode trazer, buscando a conscientização de todos.

5 Ações que fizemos para realizar a pesquisa


            Primeiramente, foi feita uma pesquisa na internet e em livros para termos um conhecimento prévio do local e de toda sua história. Posterior a isto, realizamos uma visita ao local, para termos ciência da proporção, capacidade e atual estado da lagoa. Por fim, buscamos por depoimentos de pessoas que frequentam a Várzea há mais tempo, a fim de sabermos suas opiniões sobre as mudanças ocorridas no local (no âmbito da poluição) e pesquisamos também sobre a previsão para o futuro da lagoa.

6 O que a mídia apresenta sobre o assunto pesquisado
6.1 Telejornal     

            O telejornal MGTV, da rede Globo de televisão, apresentou uma reportagem realizada na Lagoa Várzea das Flores, que foi ao ar no dia 20 de julho de 2013. Nesta reportagem foi abordado o descaso dos moradores da região para com a lagoa, que tem seu clima agradável cada vez mais ameaçado pelo lixo despejado na região da lagoa, ameaçando também a saúde e bem estar da população.

6.2 Jornal Eletrônico     

            A equipe do jornal Hoje em Dia, da Rede Record, também abordou o tema. Em uma reportagem que visitou 5 das principais lagoas da grande BH, a Lagoa Várzea das Flores foi abordada. Mais uma vez, chamou a atenção por seus aspectos negativos, tendo sido destacado pelo jornal o fato de que a lagoa sofre com a falta de consciência ambiental da população, que insiste em deixar lixo em torno da lagoa aos finais de semana.

7 Nossa pesquisa

            Apresentaremos, a seguir, um pouco da história da Lagoa Várzea das Flores, algumas observações feitas pelo grupo ao longo da visita, alguns dados e, em seguida, nossa conclusão.
            A represa Várzea das Flores é um importante reservatório de água potável e é responsável pelo abastecimento de grande parte da região metropolitana de Belo Horizonte e é concessão da COPASA.
            Está dividida basicamente entre as cidades de Betim, onde ocupa cerca de 15,8km², e Contagem, onde ocupa em torno de 105,5km². A explicação para o fato de sua maior parte territorial (cerca de 85%) estar no município de Contagem reside no fato de que na época em que foi construída, a cidade era mais indicada por conta de seu relevo.
            Ao redor da represa podemos encontrar casas de campo e propriedades rurais, sendo que o lugar também é muito frequentado desde 1972 (ano que entrou em operação) aos finais de semana por moradores da cidade. É permitido o uso de caiaques e pequenos barcos, além de pescas nas margens e mergulho.
            Apesar de ser um ótimo lugar de lazer, os habitantes que frequentam o local insistem em deixar lixo nas margens da lagoa, sem saber do impacto ambiental que podem estar causando.     
            A Várzea é um reservatório importantíssimo, abastecendo cerca de 400 mil pessoas da região metropolitana. Acontece que com a poluição crescente do local, o tratamento da água realizado pela COPASA fica cada vez mais caro. Além disso, de acordo com especialistas, o uso inconsequente da represa pode acarretar consequências ainda maiores, como por exemplo, a possibilidade de a COPASA não ter mais condições de retirar água da represa, e isso teria como impacto imediato problemas no abastecimento da cidade.
            Além da poluição causada pelos frequentadores da lagoa, as construções irregulares também têm causado danos ao lugar, e tudo isso trará consequências severas para toda a cidade.
            É necessário, portanto, que toda a população se conscientize desse problema, procure se informar do que tem causado tais danos, e adote medidas para tentar reverter a situação.
            No entanto, já existem pessoas trabalhando para reverter a situação e tentar preservar esse patrimônio. O arquiteto Roberto Rezende é dono de um parque ecológico e fundou uma ONG, na qual os trabalhos realizados consistem em no estudo da riqueza natural do complexo da lagoa dentro de uma área que abriga biomas escassos como o da mata atlântica.
            De acordo com a Prefeitura de Betim, uma vez por mês é feito um mutirão para a retirada do lixo do entorno da mata e da lagoa, além de campanhas educativas que vem sendo realizadas na região.

Aproximadamente há 10 anos atrás:
Figura 1 - Lagoa Várzea das Flores há 10 anos
Fonte: Site Durval Ângelo
Dias atuais:


Figura 2 - Lagoa Várzea das Flores 2014

Fonte: Elaborada pelo autores
Figura 3 - Lagoa Várzea das Flores 2014
Fonte: Elaborada pelos autores


Figura 4 - Lagoa Várzea das Flores 2014
 Fonte: Elaborada pelos autores

8 Considerações finais do grupo

Figura 5 - Charge
Fonte: Site Arionauro Cartuns 

            Após a finalização das pesquisas e o aprimoramento do nosso conhecimento acerca da importância da Várzea das Flores, o grupo chegou à conclusão de que é extremamente necessário – e também urgente – que toda a cidade esteja ciente dos danos que estão causando enquanto se divertem no final de semana. Trata-se de um reservatório de água responsável pela maior parte do abastecimento da cidade, e que pode simplesmente “secar” caso a sociedade não diminua a poluição.
             Não só essa reserva, mas também grandes rios de todo o país precisam ser preservados. Vivemos hoje um drama, em que nosso consumismo desenfreado e desperdício inconsequente ameaçam nos deixar sem água, árvores e recursos suficientes para sobrevivermos num futuro mais próximo do que imaginamos.
            O homem, com toda tecnologia desenvolvida a partir da revolução industrial, deixou “atrofiar” aquilo que temos de mais importante: nossa consciência.
            Conclui-se, portanto, que não existe “planeta B”, e que o homem tem saídas mais que acessíveis para salvar o que ainda temos, basta colocar a mão na consciência e entender que o mundo passa por problemas de proporções imensuráveis, e só nós mesmos podemos salvá-lo.

REFERÊNCIAS


ARAGUAIA, Mariana. Poluição. 2014. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/biologia/poluicao.htm>. Acesso em: 31 out. 2014.

HORTA, Vinícius. Represa Várzea das Flores. 2014. Disponível em <http://descubraminas.com.br/Turismo/DestinoAtrativoDetalhe.aspx?cod_destino=233&cod_atrativo=3278>. Acesso em: 31 out. 2014

NEGRINI, Alessandra. Represa é ameaçada por lixo e grande poluição em Betim, na grande BH. 2013. Disponível em: <http://g1.globo.com/minas-gerais/parceiro-mg/noticia/2013/07/represa-e-ameacada-por-lixo-e-poluicao-em-betim-na-grande-bh.html>. Acesso em: 31 out. 2014
FONSECA, Renato. Descaso e poluição vêm à tona nas lagoas da Grande BH. 2013. Disponível em: <http://www.hojeemdia.com.br/horizontes/descaso-e-poluic-o-vem-a-tona-nas-lagoas-da-grande-bh-1.146445>. Acesso em: 31 out. 2014



10 Apresentação do grupo de pesquisa





            O grupo de pesquisa é composto por Bruna Duarte, Bruna Oliveira, Fernanda Carvalho, Mayra Lopes, Matheus Amaral, Thiago Rocha e Weigle Runyan. Estudantes de Direito da PUC Minas – Betim. 

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