sábado, 30 de maio de 2015

Característica de um bom pesquisador

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Metodologia do trabalho científico







Características de um bom pesquisador









Carolinne Sousa
Gabrielly Dutra
Matheus Barbosa
StefanyMorosini







Característica de um bom pesquisador

     O pesquisador de hoje deve estar predisposto a enfrentar e vencer vários desafios, buscando criar novos conhecimentos, procedimentos e soluções para os diversos problemas. Tais conhecimentos criados e alguns aperfeiçoados devem ultrapassar as barreiras físicas e políticas das instituições de pesquisa, sendo divulgados e aplicados no meio social na qual àquela instituição de pesquisa está inserida, com o objetivo de beneficiar e melhorar a realidade da sociedade.
Segundo Schanaider (1994), os preceitos que alicerçam a escola médica compreendem 3 compromissos principais: o ensino, a pesquisa e a integração social. Assim, a produção do conhecimento científico, a formação profissional e a prestação de serviços à comunidade são os elos indissociáveis que dimensionam a educação médica.
Dessa forma, o pesquisador deve assumir o perfil de agente transformador do meio social no qual está inserido, ou seja, deve ter o perfil de pesquisador-professor, isto é, aquele que produz conhecimento e que o repassa para os possíveis alunos.
O pesquisador deverá conduzir qualquer tipo de pesquisa com consciência e responsabilidade ética, social e política, tendo sempre em vista um espírito crítico e empreendedor, pautado no raciocínio lógico e na autonomia intelectual. Atitudes de paciência, de criatividade, de persistência, de coragem para enfrentar desafios e romper paradigmas e de humildade, devem ser inerentes ao pesquisador, assim como a busca incessante pelo conhecimento, pela transformação e reprodução desse conhecimento também devem ser características de um bom pesquisador.
O agente da pesquisa deve agir buscando a integração dos centros de pesquisa universitários à iniciativa privada, como forma de parceria, objetivando interesses comuns e em prol do desenvolvimento científico e social, pois assim criarar-se-á condições necessárias para a captação de recursos imprescindíveis ao desenvolvimento da pesquisa.
No perfil do pesquisador, deve-se estar inserida a idéia de que é necessário estabelecer a pesquisa como princípio educativo, privilegiando a construção e reconstrução do conhecimento como processo central do ato educativo. Assim, todo pesquisador deve experimentar o ambiente da aula, fazendo dela seu próprio laboratório, abrindo assim os olhos dos alunos para as questões científicas que giram em torno dos conhecimentos transmitidos.
O pesquisador deve adquirir uma postura de amante e entusiasta da pesquisa, alimentando um interesse constante em decifrar os enigmas postos pelas questões que se passam na sociedade e uma vontade de saber mais, por amor ao conhecimento.
Quais seriam as aptidões desejáveis de um bom cientista? É evidente que elas podem variar em função de fatores como área de atuação, local de trabalho e região de atuação. Mas existem algumas aptidões essenciais.
Paixão pelo conhecimento: O cientista deve procurar ampliar os seus conhecimentos. Ou seja, nunca deve estar satisfeito com seu conhecimento. Segundo um ditado popular, ‘quanto mais se estuda mais se tem certeza de que seu conhecimento é pequeno’. A procura do conhecimento de ser realizada diariamente durante toda a vida profissional.
Criatividade: É outra aptidão fundamental na vida de um cientista. Aquele que não inova só irá repetir o que os outros já executaram. Em alguns casos isso até é importante. Contudo, o profissional não se realiza. O bom pesquisador é aquele que está sempre procurando alternativas, seja na metodologia utilizada, no modo de análise e interpretação e/ou saindo da rotina.
Saber ver e delimitar um problema relevante: Poucos pesquisadores possuem essa habilidade. Não basta identificar o problema – é preciso ter a visão de que você e seu grupo são capazes de resolvê-lo. E, mais ainda, saber avaliar se a solução será obtida em tempo hábil. Ou seja, não adianta solucionar um problema quando ele não mais existe.
Persistência: Em toda atividade, persistir é fundamental para o sucesso. Mas, para o pesquisador, a persistência é indispensável. Muitos pesquisadores, a qualquer insucesso ou aparecimento de uma novidade, paralisam seu trabalho e migram para novas áreas. Muitos atuam como verdadeiros surfistas, sempre procurando uma nova onda. A ciência, na verdade, é repleta de ondas. As novas trazem status e recursos. Os pesquisadores são assim, sempre atraídos por mudanças.
Capacidade administrativa: Na condução de uma pesquisa está envolvida uma série de recursos como pessoal, infraestrutura e material. Assim, o pesquisadores quase sempre atua como um gerente. O bom gerente é aquele que é capaz de manusear os recursos do modo mais eficaz possível.
Liderança: A solução de problemas quase sempre envolve um grupo de pessoas. Para se atingir o objetivo o mais rápido e com maior eficiência possível, é necessário liderança. A liderança envolve mais a habilidade de conviver com pessoas do que propriamente conhecimento. Ninguém exerce liderança sobre outro porque domina mais o assunto.
Habilidade de expressar resultados: A ciência sobrevive dos resultados. O pesquisador não é diferente: só continuará obtendo recursos e sendo reconhecido perante a comunidade científica se mantiver ativa sua produção de conhecimento. Assim, é indispensável que ele possua habilidade de comunicar o produto de suas pesquisas. Há profissionais que possuem excelentes resultados, porém nunca chegam ao usuário por falta de comunicação. Quando isto ocorre, há desperdício de tempo e recursos. E, mais ainda, o grupo envolvido sente-se frustrado.
Espírito empreendedor: O pesquisador deve ser empreendedor. Aqueles que simplesmente repetem as pesquisas já realizadas dificilmente terão sucesso em longo prazo. É necessário ser arrojado no sentido de propor ideias novas que poderão contribuir para o avanço científico ou para o bem da sociedade.
Trabalhar em equipe: O pesquisador deve ter flexibilidade para ser liderado, aceitar a opinião dos outros, valorizar o trabalho do grupo e ter humildade para reconhecer a importância de todos os envolvidos na pesquisa. Não significa deixar de expor suas ideias; a única atitude que não funciona é aceitar tudo o que é proposto. O pesquisador que não valoriza suas ideias é um ‘peão científico’.
Vocação para formar discípulos: Ninguém é eterno. Por isso, é necessário preparar os substitutos. Esse preparo deve ser iniciado o quanto antes, tendo em mente que o discípulo deve ser mais completo cientificamente que o mestre. Somente assim ocorrerá avanço científico. Há alguns pesquisadores que guardam segredo de tudo. Estão sempre com o medo de suas ideias serem ‘roubadas’. Mas um dia eles se aposentam ou morrem, e o conhecimento se perde com eles.
Sensibilidade social e política: Todo pesquisador, especificamente os do setor público, devem ter uma visão clara de que seu trabalho visa ao bem-estar da sociedade. Ele é pago por ela. Embora muitas vezes não seja cobrado, ela espera retorno do investimento. Muitos pesquisadores fazem pesquisa com o objetivo, primeiro, de equipar os seus laboratórios, e esquecem de procurar uma ideia nova.
Gostar do que faz: Só tem sucesso quem gosta do seu trabalho. Essa é a primeira condição para que os demais itens [anteriores] sejam exercidos em sua plenitude. Na vida, o ato de gostar de algo é um aprendizado. A esperança é que o pesquisador a cada momento tenha mais prazer no que está realizando.”


                           


      *Referencias do trabalho: 
http://www.artigonal.com/educacao-artigos/o-perfil-do-pesquisador-4573583.html

http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1841491


domingo, 24 de maio de 2015

LOCAIS DE PRODUÇÃO DE CIÊNCIAS



PRODUZINDO CIÊNCIA

     Este trabalho tem por objetivo apresentar locais de produção de ciências. Mesmo sendo claro a vasta diversidade de lugares onde se pode "produzir" ciência, tomaremos por enfoque a universidade, pois acreditamos ser um dos locais de maior capacidade de produção e desenvolvimento da ciência.

     Primeiramente é necessário saber o que se trata de "Ciência".
    Pois bem, em pesquisa ao minidicionário Aurélio, 8ª edição, encontramos o seguinte: Ciência, deriva-se do latim, scientia que significa 3. Informação, conhecimento; notícia.

SOBRE LOCAL DE PRODUÇÃO
     Os locais de produção de ciências, podem ser os mais sofisticados laboratórios (de conhecimento científico), e chegar até mesmo a um diálogo entre amigos ou em família (onde se transmite o conhecimento empírico e prático). Ao se ler uma notícia de um jornal, ao assistir um telejornal, estamos produzindo conhecimento, e não há um lugar específico para que isso aconteça, pode ser em casa, no carro, no ônibus ou até mesmo na rua.

 

A UNIVERSIDADE

     A universidade, palavra que também provém do latim, universitate que significa 2. Conjunto de faculdades ou escolas para especialização profissional e científica.
     A primeira universidade que surgiu, na Europa, em 1088, foi a Bolonha, na Itália, Bolonha era comandada pela igreja, e seus alunos, eram em sua totalidade pessoas mais velhas e que dispunham de ótimas condições financeiras para pagarem pelos seus estudos, o que era privilégio de poucos.
     Com o surgimento de universidades na Europa, possibilitou a disseminação do pensamento crítico e assim desencadeando mais tarde o Renascimento e posteriormente o Iluminismo.
     E claro, não podemos esquecer de falar nos grandes pensadores como Platão, Aristóteles, Sócrates e muitos outros.


Universidade de Bolonha na Itália


A UNIVERSIDADE NO BRASIL HOJE

     O curso superior para o cidadão brasileiro nos dias atuais, deixou de ser um sonho, o que até pouco tempo atrás, era "coisa" impossível, principalmente para o indivíduo de baixa renda, hoje em dia tem se tornado cada vez mais fácil ingressar na faculdade - e terminar o curso, o que é outra dificuldade, visto que a evasão escolar sempre foi muito grande. Diversas são as universidades privadas que oferecem cursos com valores de mensalidades acessíveis.
     Não podemos deixar de falar, sobre os programas de auxílio do governo (que vai de mal a pior), que dá bolsas parciais e integrais, como o Programa Universidade Para Todos PROUNI, e também o  Fundo de Financiamento Estudantil FIES.


A UNIVERSIDADE PARA O SER HUMANO

     É na universidade que o indivídu, acha espaço para descobrir o mundo, se descobrir, ali ele encontra meios de ser melhor, no convívio, companheirismo, nas boas amizades.... Se torna um pensador, se liberta de suas viseiras e começa a ver o mundo com outros olhos, com um olhar crítico e também inteligente.

     "O conhecimento amplia a vida. Conhecer é viver uma realidade que a ignorância impede desfrutar". - Carlos Bernardo González Pecotche


     Para concluir, podemos dizer que não só a universidade é boa para o indivíduo, mas que toda e qualquer prática de produção de conhecimento faz bem ao homem, pois como já foi dito "O conhecimento liberta o homem de qualquer limitação, até mesmo de sua própria ignorância" Dark Poet.

REFERÊNCIAS

http://www.webartigos.comartigosa-universidade-no-brasil4827 
(acesso em 18/05/2015 15:20)
http://amaivos.uol.com.br/amaivos2015/?pg=noticias&cod_canal=47&cod_noticia=15342
(acesso em 17/05/2015 16:25)
http://topicos.estadao.com.br/universidade
(acesso em 08/05/2015 17:02)
http://sisfiesportal.mec.gov.br/
(acesso em 21/05/2015 06:20)
http://prouniportal.mec.gov.br/
(acesso em 21/05/2015 06:22)


Primeiro período de Direito
PUC BETIM - Noite
Metodologia do Trabalho Científico
Professora: Regina
Grupo 7
Integrantes:
Ana Gabriela
Deivisson Alexandre
Felipe Silva
Mateus Pinheiro
Ricardo Gomes
Sarah Souza
Wesley Coelho
Willian Douglas

sábado, 23 de maio de 2015

PESQUISA SOBRE MÉTODO INDUTIVO

PUC MINAS em Betim
Curso de Direito - 1° Período
METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO
Professora Regina Maria de Souza Moraes
Componentes do grupo: Ana Carolina de Freitas Garcia, Gabryela Carolayne Ramos Ferreira, Géssica Cristina Rodrigues, José Narciso Soares Neto e Kamilla Faria Mello
05/05/2015


Método Indutivo


Método Indutivo
Método indutivo é um tipo de argumento que parte de uma premissa particular para atingir uma conclusão universal. É o processo pelo qual, dadas diversas particularidades, chegamos a uma generalização. Assim, podemos dizer que a conclusão tem uma abrangência maior que as premissas. O individuo que faz o uso do método indutivo entende que as explicações para os fenômenos surgem unicamente da observação dos fatos.
O princípio de indução não trata de uma verdade lógica pura, mas de premissas para inferir uma conclusão (premissas são observações da natureza e de fatos do mundo). Há uma pretensão neste tipo de raciocínio: a conclusão de um particular fundamentado numa proposição geral, mas, como a proposição geral é fruto da observação, ela não é geral. Caso houvesse um princípio puramente lógico de indução, não haveria problema de indução, uma vez que, neste caso, todas as inferências indutivas teriam de ser tomadas como transformações lógicas ou tautológicas, exatamente como as inferências no campo da lógica dedutiva. O raciocínio indutivo parte de premissas particulares, na busca de uma lei geral, universal. Exemplos de métodos indutivos seriam:
O FERRO CONDUZ ELETRICIDADE, O FERRO É METAL
O OURO CONDUZ ELETRICIDADE, O OURO É METAL
O COBRE CONDUZ ELETRICIDADE, O OURO É METAL
LOGO, OS METAIS CONDUZEM ELETRICIDADE.
O Método indutivo realiza-se em três etapas:

- Observação dos fenômenos
- Descoberta da relação entre eles
- Generalização da relação

Exemplo:

- Observo que Pedro, José, João, etc. são mortais; verifico a relação entre ser homem e ser mortal; generalizo dizendo que todos os homens são mortais.


A utilização de indução leva à formulação de duas perguntas:

Qual a justificativa para as inferências indutivas?
Qual a justificativa para a crença de que o futuro será como o passado?

Principal crítica ao método indutivo:

SALTO INDUTIVO

ALGUNS
(observados,
analisados,
examinados)
TODOS
(não-observados,
Inobserváveis)
Método Dedutivo x Indutivo
O método indutivo procede inversamente ao dedutivo: parte do particular e coloca a generalização como um produto posterior do trabalho de método indutivo, a generalização não deve ser uma busca apriori, mas constatada a partir da observação de casos concretos suficientemente confirmadores dessa realidade.
DEDUTIVOS

Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão deve ser verdadeira;

Toda a informação ou conteúdo factual da conclusão já estava, pelo menos
implicitamente, nas premissas.

INDUTIVOS

Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente verdadeira, mas não necessariamente verdadeira.

A conclusão encerra informação que não estava, nem implicitamente, nas
premissas.

O que os grandes pensadores diziam sobre o método indutivo?

Karl Popper

Popper diz que, para justificar as inferências indutivas deve-se, antes de tudo, determinar um princípio da indução capaz de auxiliar a ordenar estas inferências de forma logicamente aceitável, porém, para aceitá-lo teríamos que recorrer a outras inferências indutivas e para justificar estas teríamos de admitir um princípio indutivo mais elevado e assim por diante, de modo que a tentativa de alicerçar tal princípio conduz a uma regressão infinita.

Popper recusa o caráter indutivo da ciência; ele defende que a ciência parte da teoria e não da observação e que o erro é fator dinâmico do progresso, citando que: “só tem caráter científico Rev. Cient. Fac. Lour. Filho – v.5, n.1, 2007 8 a teoria que for refutável”, e acrescenta “não se pode demonstrar a verdade de nenhuma teoria científica, mas apenas a sua falsidade”. Assim entendidas, as teorias são conjecturais e provisórias, acentuando-se deste modo o caráter aproximativo e probabilístico da ciência.


Bertrand Russel

A primeira observação sobre a posição de Russel em relação a indução, refere-se à distinção entre inferência dedutiva e indutiva. O que ele pretendia afirmar era a necessidade da indução como instrumento do crescimento do conhecimento; enquanto que a dedução tem a função de verificar se o que foi descoberto pela indução é válido e coerente com as teorias já confirmadas e com a realidade empírica; ou seja, a descoberta se faz pela indução e é confirmada, ou não, pela dedução. Para Russel a humanidade sempre utilizou e utilizará a indução como fonte do conhecimento; as pessoas utilizam o senso comum para orientar suas vidas e tomar decisões existenciais da maior relevância fundamentadas no processo indutivo.

Três pontos merecem grande destaque no pensamento de Russel: ]: i) a indução foi e é praticada por todas as pessoas no seu dia-a-dia; ii) a indução se fundamenta numa crença a priori na validade de seu princípio, sendo, pois, por analogia, um tipo de conhecimento sintético a priori; iii) não havendo como provar a validade lógica da indução, pode-se, entretanto, atribuir às conclusões obtidas certo grau de probabilidade.

Francis Bacon

Francis Bacon diz que “toda ciência começa pela observação, para depois, proceder vagarosa e cautelosamente à formulação de teorias” ; e sintetiza “a observação é uma fonte verdadeira do conhecimento científico”. Bacon preconizava que a experiência e a razão comporiam as pilastras de seu novo método científico: a “indução experimental”; ele defendia a necessidade de que o cientista se afastasse do empirismo radical e do racionalismo exagerado. De acordo com Bacon a indução exige o cumprimento das seguintes etapas: primeiro, neutralizar o método da antecipação da natureza; segundo, estabelecer o conhecimento da forma (estrutura e lei que regula o seu processo); terceiro, organizar um registro do fenômeno estudado; quarto, enunciar a primeira hipótese explicativa provisória; quinto, testar a hipótese através das instâncias prerrogativas e por último confirmar ou não a hipótese; se não confirmada enunciar nova hipótese provisória e repetir o procedimento a partir da quarta etapa.


CONCLUINDO...

É imprescindível que reconheçamos, depois dessa pesquisa, a importância da observação analítica que deve ser realizada dos fenômenos que serão estudados a partir do método indutivo. Nessa análise, o pesquisador se apoia em verdades provisórias que precisam ser testadas, para que se possa verificar veracidade ou não. Lembrando que a verdade das premissas não garante a verdade da conclusão. Importante ressaltar que no método que pesquisamos, o resultado pode ser generalizado, possibilitando, que, os resultados alcançados em determinada pesquisa possam ser utilizados em outros casos similares ao pesquisado – não sendo necessário a criação de novas hipóteses – por exemplo.

A indução é parte das experiências de casos isolados que serão considerados de forma universalizada. Isso soa como problema para as doutrinas que se apoiam na experiência, doutrinas empíricas que consideram esse método falível, por considerarem errônea a generalização de resultados. De fato isso pode ser considerado, pois aquilo que não foi observado no específico caso pesquisado pode trazer consequências que não puderam ser observadas e por isso não foram elaboradas medidas preventivas. Como diz o ditado “cada caso, é um caso”, sendo assim, os resultados alcançados não possuem total autonomia para responder a todos os fenômenos de mesma natureza ou natureza parecida. Essa é uma sensibilidade do método indutivo, que pode acabar tendo decorrência negativa dependendo da situação.


Referências


DICIONÁRIO de Filosofia. Disponível no Site ocanto.webcindario.com acessado em 30/04/2015
POPPER, Karl Raimund. A Lógica da Pesquisa Científica. São Paulo: Cultrix, 1972. Conjecturas e Refutações. 3. ed. Brasília: UnB, 1981.
BACON, Francis. Novum Organum ou verdadeiras indicações acerca da interpretação da natureza. Pará de Minas: M&M Editores, 2003. ______. Novum organum ou verdadeiras indicações acerca da RIDB, Ano 1 (2012), nº 10 | 6127 interpretação da natureza. Nova Atlântida. São Paulo: Nova Cultural, 2005.
ARTIGO o problema da indução. Disponível em cienciahoje.uol.com.br acessado em 03/05/2015



segunda-feira, 18 de maio de 2015

pONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS – UNIDADE BETIM
RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E ÉTICA
METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

ADRIANE SILVA
AUDICÉIA SOUZA
GABRIELLA ADELINA
GISELE RODRIGUES
JANICE SILVA
RAYSSA CIRILO
BETIM, MAIO DE 2015


Esse trabalho tem por função apresentar conceitos de ciência e ética e a relação existente entre tais.




PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS – UNIDADE BETIM





RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E ÉTICA

ADRIANE SILVA
AUDICÉIA SOUZA
GABRIELLA ADELINA
GISELE RODRIGUES
JANICE SILVA
RAYSSA CIRILO








BETIM
2015

SUMÁRIO




INTRODUÇÃO --------------------------------------------------               4
CONHECIMENTO CIENTÍFICO ---------------------------                5
O QUE É ÉTICA -----------------------------------------------                6
CIÊNCIA E ÉTICA ---------------------------------------------                9
DILEMAS ÉTICOS E A CIÊNCIA --------------------------               10
ASPECTOS BIOLÓGICOS DA CLONAGEM -----------               12
ÉTICA NA ATUALIDADE ------------------------------------                14
CONCLUSÃO ---------------------------------------------------                15




1.   INTRODUÇÃO


            Este trabalho tem por objetivo apresentar o conceito de ética e ciência ,e como elas funcionam ,e como se interagem ,quais são seu dilemas e exemplos .
            Ciência é uma palavra que deriva do termo latino "scientia" cujo significado era conhecimento ou saber. Atualmente se designa por ciência todo oconhecimento adquirido através do estudo ou da prática, baseado em princípios certos.
            A ciência, em geral, comporta vários conjuntos de saberes nos quais são elaboradas as suas teorias baseadas nos seus próprios métodos científicos.
            A metodologia é essencial na ciência, assim como a ausência de preconceitos e juízos de valor.
            A ciência tem evoluído ao longo dos séculos. Galileu Galilei é considerado o pai da ciência moderna.
            Essa atitude de veneração frente à ciência deve-se, em grande parte, ao extraordinário sucesso prático alcançado pela física, pela química e pela biologia, principalmente. Assume-se, implícita ou explicitamente, que por detrás desse sucesso existe um “método” especial, uma “receita” que, quando seguida, redunda em conhecimento certo, seguro. A questão do “método científico” tem constituído uma das principais preocupações dos filósofos, desde que a ciência ingressou em uma nova era (ou nasceu, como preferem alguns), no século XVII.
             Formou-se em torno dela e de outras questões correlacionadas um ramo especial da filosofia, a filosofia da ciência. Investigações pioneiras sobre o “método científico” foramconduzidas por Francis Bacon (1561-1626). Secundadas no século XVII por declarações de eminentes cientistas, como Galileu, Newton, Boyle, e, no século seguinte, pelos Enciclopedistas, suas teses passaram a gozar de ampla aceitação até nossos dias, não tanto entre os filósofos, mas principalmente entre os cientistas, que até hoje muitas vezes afirmam seguir o método de bacon em suas pesquisas. Isso é singular, visto que os estudos recentes em história da ciência vêm revelando que os métodos efetivamente empregados pelos grandes construtores tanto da ciência clássica quanto da moderna têm pouca conexão com as prescrições do filósofo inglês.
            Esse conhecimento do dia-a-dia também é chamado conhecimento do senso comum, sensível, primário ou imediato
            Conhecimentos de senso comum existem em todas as culturas e civilizações. Cada um de nós entra em contato com o conhecimento de senso comum em nossas vidas diárias e interações com os outros membros da comunidade. Os próprios cientistas começam com o conhecimento de senso comum, mas vão além dele.
2.   CONHECIMENTO CIENTÍFICO
            A ciência, como a arte, é uma forma de conhecimento sistemático, mas há diferenças cruciais entre as duas. Na arte, a sistematização do conhecimento é baseada em preferências individuais, critérios de beleza ou, se você preferir, estética e emoções. Grandes artistas e criadores de obras intelectuais vão além das primeiras impressões, buscando e divulgando mensagens escondidas, imaginárias e totalmente fictícias, invisíveis aos olhos das pessoas comuns.
            O conhecimento científico pretende entender a natureza e o universo em que vivemos por meio de elementos conhecidos, concretos e objetivos.
            Ciência moderna experimental A ciência moderna começa com a dúvida sistemática ou o que o sociólogo norte-americano Robert K. Merton denominou “ceticismo organizado”. A ciência moderna surgiu no século XVII – durante o período do Iluminismo – e é baseada em fatos observáveis. A ciência compara os fatos com a realidade por meio de experimentos. Por isso, a ciência precisa de laboratórios e ferramentas para estudar tudo, da mais minúscula partícula ao universo inteiro. A ciência estabelece metodologias rigorosas com instrumentos confiáveis para acumular evidências com as quais pode comprovar ou refutar uma hipótese. A ciência avalia suas próprias metodologias e reexamina suas próprias provas.
            A ciência moderna deduz a verdade a partir de fatos verificados pela experimentação metódica. Experimentos medem as coisas e os fenômenos, dizem quanto pesam, quanto tempo duram, em que direção estão indo etc. Experimentos fornecem informações matemáticas. Enquanto a ciência antiga procurava explicar o “porquê” das coisas, a ciência moderna pretende responder “como” as coisas funcionam.










3.  O QUE É ÉTICA
            Ética vem do grego ethos que significa modo de ser. conjunto  de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo ,assim ,o bem- estar social ,ou seja ,a  ÉTICA é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social.
            A Ética teria surgido com Sócrates ,pois se exige maior grau de cultura .ela investiga e explica as normas morais ,pois leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito ,mas principalmente por convicção e inteligência .ou seja , a ética é teórica e reflexiva.
            Os indivíduos se deparam com a necessidade de organizar o seu comportamento. porém  o comportamento é o resultado de normas estabelecidas ,não sendo ,então , uma decisão natural ,pois todo comportamento  sofrerá um julgamento .a ética é  uma espécie de legislação do comportamento moral das pessoas .assim ética é o juiz das morais .
3.1 Objetivo da ética
A Ética tem por objetivo facilitar a realização das pessoas. Que o ser humano chegue a realizar-se a si mesmo como tal, isto é, como pessoa. A Ética se ocupa e pretende a perfeição do ser humano.
Moral
 Moral se fundamenta na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais, regula o comportamento do homem em sociedade.É a ciência dos costumes ,tem caráter normativo e obrigatório .a moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência moral que leva a distinguir o bem e o mal no contexto em que vive. A moral é eminentemente prática.
Também a simples existência da moral não significa a presença de uma ética ,entendida como filosofia moral, pois é preciso uma reflexão que discuta ,problematize e interprete o significado dos valores morais.assim também a podemos dizer que Ética é o estudo da argumentação sobre nos devemos agir.



3.2 A Ética ou filosofia moral inicia-se com Sócrates
            Segundo Sócrates a Ética iria além do senso comum da sua época ,o corpo seria a prisão da alma ,que é imutável e eterna. existiria um bem em si próprios da sabedoria da alma e podem ser rememorados pelo aprendizado. esta bondade absoluta do homem tem relação a uma ética anterior á experiência ,pertencente  a alma e que o corpo para reconhece-la terá que ser purificado .
3.3 Aristóteles
            ’’Subordina sua ética á politica ,acreditando que na monarquia e na aristocracia se encontraria a alta virtude ,já que esta é um privilégio de poucos indivíduos . também diz que na pratica ética ,nos somos o que fazemos ,ou seja ,o homem é moldado a medida em que faz escolhas éticas e sofre as influencias dessas escolhas.’’
            O mundo Essencialista é o mundo da contemplação, idéia compartilhada pelo filósofo grego antigo Aristóteles .no pensamento filosófico , os sere humanos aspiram ao bem e á felicidade ,que só podem ser alcançados pela conduta virtuosa .para a ética essencialista o homem era visto como um ser livre ,sempre em busca da perfeição .
A ética essencialista tem três aspectos :
·         O agir em conformidade com a razão;
·         O agir em conformidade com a natureza e com caráter natural de cada individuo;
·         A união permanente entre ética (conduta do individuo)e politica (valores da sociedade).
            A ética era uma maneira de educar o sujeito moral (seu caráter) no intuito de propiciar a harmonia entre o mesmo e os valores ,sendo ambos virtuoso.
            Com cristianismo romano, através de são tomas de Aquino e santo Agostinho, incorpora-se a ideia de que a virtude se define a partir da relação  com Deus e não a cidade ou com os outros .Deus é considerado nesse momento o único mediador entre os indivíduos .através deste cristianismo, se afirma na ética o livre-arbítrio ,sendo que o primeiro impulso da liberdade dirige-se para o mal(pecado). O homem passa a serfraco , pecador ,dividido entre o bem e mal. O auxilio para a melhor conduta é lei divina .A ideia do dever surge nesse momento.com isso , a ética passa a estabelecer três tipos de conduta: a moral ou ética ,a imoral ou antiética e a indiferente á moral.
3.4 Descartes
            “As profundas transformações que o mundo sofre a partir do século XVIIcom  as revoluções religiosas ,por meio de Lutero: cientifica ,com Copérnico e filosófica, com Descartes , oprimem um novo pensamento na  era moderna ,caracterizada pelo racionalismo cartesiano. agora a razão é o caminho para a verdade , e para chegar a ela é preciso um discernimento , um método . Em oposição á fé surge agora o poder exclusivo da razão de discernir, distinguir ecomparar .  este é um marco na historia da humanidade que a partir dai acolhe um novo caminho para se chegar ao saber: o saber cientifico ,que se baseia-se       num método e o saber sem método é mítico ou empírico.”
3.5 Kant
            “A ética moderna traz á tona o conceito de que seres humanos devem alcançar seus tratados sempre com fim da ação e nunca como efeito para alcançar seus interesses .ele afirmava que :não existe bondade natural. Por natureza somos egoísta , ambiciosos, destrutivos, agressivos , cruéis , ávidos de prazeres que nunca nos saciam e pelos quais matamos ,mentimos ,roubamos.”
            De acordo com esse pensamento ,para tornamos seres morais era necessário nos submetermos ao dever. Kant afirma que se nos deixarmos levar por nossos impulsos ,apetites , desejos e paixões não teremos autonomia ética ,pois a natureza nos conduz pelos interesses de tal modo que usamos as pessoas e as coisas como instrumentos para o que desejamos .não  podemos ser escravos do desejo.
            No século XIX ,Friedrich Hegel traz uma nova perspectiva complementar e não abordada pelos filósofos da modernidade .ele apresenta o homem X cultura e historia , sendo que a ética deve ser determinada pelas relações sociais .como sujeitos históricos culturais ,nossa vontade subjetiva deve ser submetida á vontade social , das instituições da sociedade .desta forma a vida ética deve ser determinada pela harmonia entre vontade  subjetiva individual e a vontade objetiva cultural .assim interiorizamos os valores culturais de tal maneira que passamos a pratica-los instintivamente ,ou seja ,sem pensar.

4.   CIÊNCIA E ÉTICA

             Segundo Ricardo Fenatiem seu artigo a ciência é um  traço que singulariza as sociedades modernas . é a ética exerce particular interesse ,associada que está ao espetacular desenvolvimento contemporâneo das ciências da vida .se aceitarmos a associação  entre a atitude ética e o estabelecimento de alguma espécie de limite, que aproximações podemos fazer entre ética e a ciência ,entre procedimentos éticos e a busca do conhecimento? Sociedades tradicionais ,ordenadas de um ponto de vista religioso sempre se pautaram pelo reconhecimento de limites intransponíveis ,derivados da afirmação da finitude humana. sociedades  dessa espécie não tem dificuldades para admitir existência de áreas indevassáveis  ao conhecimento. Outro é o contexto das sociedades a quepertencemos . a ideologia preconiza a defesa da liberdade mais plena no que diz a respeito ao conhecimento . a concepção moderna da ciência é inseparável da progressiva reafirmação do principio da autonomia da pesquisa e rejeição , inegociável, da tutela ,seja religiosa ou politica .
            Entretanto uma coisa é reconhecer limites no nível da ação , aceitar normas e padrões éticos na nossa relação com a natureza e proibir certas ações como inoportunas ou improprias .outra coisa muito diferente é reconhecer ou estabelecer limites ao conhecimento e não apenas á sua aplicação .a ideia de uma ética da ciência ,no sentido preciso de um pacto em torno de valores a que atividade de conhecimento deva se submeter ,talvez seja uma meta ,se desejada ou , mesmo se não desejada ,de cumprimento impossível
            A busca da verdade , tal modo ,hoje, entendemos nas modernas ciências ocidentais ,é autolegitimadora , não tendo como ser objeto de uma ética .escolhemos a ciência como estratégia mais segura e consequente de obtenção da verdade.
            Concluiu-seque  ciência tenta discernir com sabedoria ética o melhor para o ser humano. Sendo de muita importância este apelo ético na ciência, pois a sociedade depende das consequências.
A ética é uma característica própria a toda ação humana, tendo como objetivo facilitar a realização das pessoas. A ciência envolve investigação e busca pela verdade. Na ciência temos a ética como suporte para não haver erros, pois a responsabilidade faz parte da ética e é fundamental no meio cientifico. A produção cientifica não se realiza fora de um determinado contexto social e político.











5.   DILEMAS ÉTICOS E A CIÊNCIA
5.1 Aborto e infanticídio
            O aborto e o infanticídio no Brasil são considerados crimes ,não só por seu aspecto jurídico ,mas como religioso e cultural.
            A Religião predominante no Brasil é o catolicismo, porém também há presença do judaísmo , espiritismo e protestantismo. A igreja católica , assim como o espiritismo e protestantismo , baseia seus argumentos contrários ao aborto segundo a tabua dos 10 mandamentos , contém o mandamento: ´´não matarás´´. Além de ressaltar que todo ser humano recebe o direito á vida de Deus , e não dos pais ou autoridade .
            Já o judaísmo a criança só se torna viável ao completar 31 dias de nascimento, antes disso o feto não possui condições de sobrevida sem útero materno. Mesmo que uma criança venha a morrer um mês após o nascimento é considerada pela lei judaica , como um aborto e não uma personalidade legal.
            A legislação brasileira o aborto é considerado crime nos artigos;124,125,126,127 e 128, I,II, todos do cp. Onde fica expressamente proibido a pratica com previsão de pena de 1 a 3 anos de prisão para a gestante e de 1 a 4 anos para medico ou qualquer outra pessoa que realize a retirada do feto.
O aborto no Brasil só é permitido em caso de anencefalia.
5.2 Infanticídio Indígena
            No Brasil é um dos casos onde se pode encontrar o confronto entre o relativismo cultural e o universalismo dos direitos humanos. Os motivos desses povos indígenas cometerem esses atos são variados ,porem estão associados á questão das crenças e do poder que os mitos exercem nessas tribos , que possuem sua próprias leis de acordo com sua cultura.
            Critérios gerais das tribos; a incapacidade da mãe dar atenção e os cuidados necessários a mais de um filho ,o fato do recém-nascido estar apto ou não a sobreviver naquele ambiente em que nasceu, e a preferencia por um sexo.
            O infanticídio para aquela tribo se revela um motivo justo quando se pretende proteger a comunidade indígena.
            Declaração das nações unidas sobre os direitos dos povos indígenas
Art.1
            Os indígenas tem direito ,como povos ou como pessoas ,ao desfrute pleno de todos direitos humanos e liberdades fundamentais reconhecidos pela carta das nações unidas, pela declaração universal de direitos humanos e o direito internacional relativo aos direitos humanos.
Art.2
            Os povos e as pessoas indígenas são livres e iguais a todos os demais povos e pessoas e tem o direito a não ser objeto de nenhuma discriminação no exercício de seus direitos fundado, em particular, em sua origem ou identidade indígena.






















6.   ASPECTOS BIOLÓGICOS DA CLONAGEM

            A palavra clone, para identificar indivíduos idênticos geneticamente foi introduzida na língua inglesa no início do século XX. A sua origem etimológica é da palavra grega klon, que quer dizer broto de um vegetal.
            A clonagem é uma forma de reprodução assexuada que existe naturalmente em organismos unicelulares e em plantas. Este processo reprodutivo se baseia apenas em um único patrimônio genético. Nos animais ocorre naturalmente quando surgem gêmeos univitelinos. Neste caso ambos novos indivíduos gerados tem o mesmo patrimônio genético. A geração de um novo animal a partirde   outro pré-existente ocorre apenas artificialmente em laboratório  Os indivíduos resultantes deste processo terão as mesmas características genéticas cromossômicas do indivíduo doador, ou também denominado de original.
            A clonagem em laboratório pode ser feita, basicamente, de duas formas: separando-se as células de um embrião em seu estágio inicial de multiplicação celular, ou pela substituição do núcleo de um óvulo por outro proveniente de uma célula de um indivíduo já existente.
            A preocupação com a abordagem das questões éticas dos processos de clonagem não é recente. Desde a década de 1970 vários autores tem discutido diferentes questionamentos a respeito dos aspectos éticos envolvidos. Paul Ramsey, em 1970, propôs a importante discussão sobre a questão da possibilidade da clonagem substituir a reprodução pela duplicação. Esta possibilidade reduziria a diversidade entre os indivíduos, com o objetivo de selecionar características específicas de indivíduos já existentes. Isto teria como conseqüência a perda da individualidade, com a possível despersonalização destas pessoA questão ética em torno dos clones humanos retornou com a entrevista do físico Richard Seed (Chicago/EUA), feita através da imprensa internacional, no início de 1998. Este físico, sem vínculo acadêmico e que já realizou pesquisas em biologia, afirmou que poderia produzir clones humanos até a metade do ano de 1999. Chegou a estimar poderia produzir até 500 destes indivíduos por ano. Suas colocações reacenderam as discussões a este respeito em várias partes do mundo (Estados Unidos, Austrália, Europa).
            Nos Estados Unidos, os estados da Califórnia,Louisiana, Michigan,RhodeIsland e Texas tem leis que proíbem a clonagem em seus territórios. No Brasil, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, talvez extrapolando a sua competência legal, baixou uma Instrução Normativa 08/97, de 9 de julho de 1997, proibindo a manipulação genética de células germinativas ou  humanas, assim como os experimentos de clonagem em seres humanos. Vale ressaltar que já tramitaram quatro projetos de lei no Congresso Nacional sobre a questão da clonagem de seres humanos. Todos estes projetos proibiam este procedimento, baseando-se principalmente em aspectos religiosos ou de temor frente a este tipo de procedimento.
            O Prof. Joaquim Clotet, em 1997, referindo-se a  questão da proibição da clonagem, afirmou: “a pesquisa não deve ser banida, apenas deve ser orientada para o bem geral da humanidade”. Esta é a posição que reconhece que este conhecimento é um “conhecimento perigoso”, mas não um conhecimento que deva ser banido. O que deve ser reforçado é a noção de que a clonagem é um procedimento que tem riscos associados.  A questão da clonagem é um excelente exemplo de aplicação para o Princípio da Precaução, tão atual, mas pouco discutido na Bioética.















7.    ÉTICA NA ATUALIDADE
Duas correntes de pensamento:
            Ética praxista, é a visão cuja qual o homem tem a capacidade de julgar, ele não é totalmente determinado pelas leis da natureza, nem possui uma consciência totalmente livre. O homem tem uma co-responsabilidade frente as suas ações.
            Sua ação não pode mais ser analisada fora da coletividade. por isso a ética ganha uma nova dimensão politica .
            A Ética Pragmática,com raízes na apropriação de coisas e espaços ,na propriedade ,tem como desafio á alteridade (misericórdia, responsabilidade ,solidariedade) para transformar o ter ,o saber e o poder em recursos éticos para solidariedade ,contribuindo para a igualdade entre os homens: distribuição equitativa dos bens materiais, culturais e espirituais.
            O homem é politicamente ético ,e todos os aspectos da condição humana ,tem alguma relação com a politica ,e há uma co-responsabilidade em prol de uma finalidade social: a igualdade e a justiça entre os homens.
7.1 Nietzsche
            Atribui a origem dos valores éticos ,não á razão ,mas a emoção. Segundo ele , o homem forte é aquele que não reprime seus impulsos e desejos, que não se submete a moral demagógica e repressora .
7.2 Freud
            Afirma que o homem não dever viver de acordo com sua paixões ,apenas buscar equilibrar e conciliar ,ou seja, o ser humano deve tentar equilibrar a paixão e a razão.não há mais espaço voltada para uma comunidade .hoje se aposta no individualismo, no consumo, na rapidez de produção por causa da globalização.
            Existe hoje um problema ético-politico, forças de dominação tem se consolidado nas estruturas sociais e econômicas, mas através da critica e no esclarecimento da sociedade seria possível desvelar a dissimulação ideológica que existe nos vários discursos da cultura humana, sabendo disso ,essas mesmas forças tem procurado controlar a mídia. trata-se da Ética da obediência, que impede o homem de pensar, e descobrir uma nova maneira de se ver, e assim encontrar saída em relação ao conformismo de massa que esta na origem da banalidade do mal, do mecanismo infernal  em que estão ausentes o pensamento e a liberdade do agir.
8.    CONCLUSÃO
      Pode-se concluir que, embora adquira conhecimento, sem a ética a ciência é a ciência. De tal forma, todo conhecimento adquirido, por intermédio científico, tende a exigir determinado comportamento humano, ou seja, exige ética.
      A ética é uma espécie de “doutrina” de como se portar no seu meio social. Assim, é possível dizer que a ética faz com que o homem reflita sobre os valores que devem ser mantidos para o repasse de um conhecimento.
      Todo ramo científico necessita da presença da ética. A ética acarreta como um dos seus principais princípios a responsabilidade, sem esta a ciência se torna um pensamento e estudo sem função social. A relevância dada as investigações científicas está diretamente ligada ao fato de os cientistas serem extremamente éticos e responsáveis.
      Com isso é possível concluir que a ciência é cega sem a ética, ou seja, ambos estabelecem uma relação de dependência. Onde a ciência depende da ética para alcançar o êxito.