segunda-feira, 18 de maio de 2015

pONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS – UNIDADE BETIM
RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E ÉTICA
METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO

ADRIANE SILVA
AUDICÉIA SOUZA
GABRIELLA ADELINA
GISELE RODRIGUES
JANICE SILVA
RAYSSA CIRILO
BETIM, MAIO DE 2015


Esse trabalho tem por função apresentar conceitos de ciência e ética e a relação existente entre tais.




PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS – UNIDADE BETIM





RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E ÉTICA

ADRIANE SILVA
AUDICÉIA SOUZA
GABRIELLA ADELINA
GISELE RODRIGUES
JANICE SILVA
RAYSSA CIRILO








BETIM
2015

SUMÁRIO




INTRODUÇÃO --------------------------------------------------               4
CONHECIMENTO CIENTÍFICO ---------------------------                5
O QUE É ÉTICA -----------------------------------------------                6
CIÊNCIA E ÉTICA ---------------------------------------------                9
DILEMAS ÉTICOS E A CIÊNCIA --------------------------               10
ASPECTOS BIOLÓGICOS DA CLONAGEM -----------               12
ÉTICA NA ATUALIDADE ------------------------------------                14
CONCLUSÃO ---------------------------------------------------                15




1.   INTRODUÇÃO


            Este trabalho tem por objetivo apresentar o conceito de ética e ciência ,e como elas funcionam ,e como se interagem ,quais são seu dilemas e exemplos .
            Ciência é uma palavra que deriva do termo latino "scientia" cujo significado era conhecimento ou saber. Atualmente se designa por ciência todo oconhecimento adquirido através do estudo ou da prática, baseado em princípios certos.
            A ciência, em geral, comporta vários conjuntos de saberes nos quais são elaboradas as suas teorias baseadas nos seus próprios métodos científicos.
            A metodologia é essencial na ciência, assim como a ausência de preconceitos e juízos de valor.
            A ciência tem evoluído ao longo dos séculos. Galileu Galilei é considerado o pai da ciência moderna.
            Essa atitude de veneração frente à ciência deve-se, em grande parte, ao extraordinário sucesso prático alcançado pela física, pela química e pela biologia, principalmente. Assume-se, implícita ou explicitamente, que por detrás desse sucesso existe um “método” especial, uma “receita” que, quando seguida, redunda em conhecimento certo, seguro. A questão do “método científico” tem constituído uma das principais preocupações dos filósofos, desde que a ciência ingressou em uma nova era (ou nasceu, como preferem alguns), no século XVII.
             Formou-se em torno dela e de outras questões correlacionadas um ramo especial da filosofia, a filosofia da ciência. Investigações pioneiras sobre o “método científico” foramconduzidas por Francis Bacon (1561-1626). Secundadas no século XVII por declarações de eminentes cientistas, como Galileu, Newton, Boyle, e, no século seguinte, pelos Enciclopedistas, suas teses passaram a gozar de ampla aceitação até nossos dias, não tanto entre os filósofos, mas principalmente entre os cientistas, que até hoje muitas vezes afirmam seguir o método de bacon em suas pesquisas. Isso é singular, visto que os estudos recentes em história da ciência vêm revelando que os métodos efetivamente empregados pelos grandes construtores tanto da ciência clássica quanto da moderna têm pouca conexão com as prescrições do filósofo inglês.
            Esse conhecimento do dia-a-dia também é chamado conhecimento do senso comum, sensível, primário ou imediato
            Conhecimentos de senso comum existem em todas as culturas e civilizações. Cada um de nós entra em contato com o conhecimento de senso comum em nossas vidas diárias e interações com os outros membros da comunidade. Os próprios cientistas começam com o conhecimento de senso comum, mas vão além dele.
2.   CONHECIMENTO CIENTÍFICO
            A ciência, como a arte, é uma forma de conhecimento sistemático, mas há diferenças cruciais entre as duas. Na arte, a sistematização do conhecimento é baseada em preferências individuais, critérios de beleza ou, se você preferir, estética e emoções. Grandes artistas e criadores de obras intelectuais vão além das primeiras impressões, buscando e divulgando mensagens escondidas, imaginárias e totalmente fictícias, invisíveis aos olhos das pessoas comuns.
            O conhecimento científico pretende entender a natureza e o universo em que vivemos por meio de elementos conhecidos, concretos e objetivos.
            Ciência moderna experimental A ciência moderna começa com a dúvida sistemática ou o que o sociólogo norte-americano Robert K. Merton denominou “ceticismo organizado”. A ciência moderna surgiu no século XVII – durante o período do Iluminismo – e é baseada em fatos observáveis. A ciência compara os fatos com a realidade por meio de experimentos. Por isso, a ciência precisa de laboratórios e ferramentas para estudar tudo, da mais minúscula partícula ao universo inteiro. A ciência estabelece metodologias rigorosas com instrumentos confiáveis para acumular evidências com as quais pode comprovar ou refutar uma hipótese. A ciência avalia suas próprias metodologias e reexamina suas próprias provas.
            A ciência moderna deduz a verdade a partir de fatos verificados pela experimentação metódica. Experimentos medem as coisas e os fenômenos, dizem quanto pesam, quanto tempo duram, em que direção estão indo etc. Experimentos fornecem informações matemáticas. Enquanto a ciência antiga procurava explicar o “porquê” das coisas, a ciência moderna pretende responder “como” as coisas funcionam.










3.  O QUE É ÉTICA
            Ética vem do grego ethos que significa modo de ser. conjunto  de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo ,assim ,o bem- estar social ,ou seja ,a  ÉTICA é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social.
            A Ética teria surgido com Sócrates ,pois se exige maior grau de cultura .ela investiga e explica as normas morais ,pois leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito ,mas principalmente por convicção e inteligência .ou seja , a ética é teórica e reflexiva.
            Os indivíduos se deparam com a necessidade de organizar o seu comportamento. porém  o comportamento é o resultado de normas estabelecidas ,não sendo ,então , uma decisão natural ,pois todo comportamento  sofrerá um julgamento .a ética é  uma espécie de legislação do comportamento moral das pessoas .assim ética é o juiz das morais .
3.1 Objetivo da ética
A Ética tem por objetivo facilitar a realização das pessoas. Que o ser humano chegue a realizar-se a si mesmo como tal, isto é, como pessoa. A Ética se ocupa e pretende a perfeição do ser humano.
Moral
 Moral se fundamenta na obediência a normas, costumes ou mandamentos culturais, regula o comportamento do homem em sociedade.É a ciência dos costumes ,tem caráter normativo e obrigatório .a moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência moral que leva a distinguir o bem e o mal no contexto em que vive. A moral é eminentemente prática.
Também a simples existência da moral não significa a presença de uma ética ,entendida como filosofia moral, pois é preciso uma reflexão que discuta ,problematize e interprete o significado dos valores morais.assim também a podemos dizer que Ética é o estudo da argumentação sobre nos devemos agir.



3.2 A Ética ou filosofia moral inicia-se com Sócrates
            Segundo Sócrates a Ética iria além do senso comum da sua época ,o corpo seria a prisão da alma ,que é imutável e eterna. existiria um bem em si próprios da sabedoria da alma e podem ser rememorados pelo aprendizado. esta bondade absoluta do homem tem relação a uma ética anterior á experiência ,pertencente  a alma e que o corpo para reconhece-la terá que ser purificado .
3.3 Aristóteles
            ’’Subordina sua ética á politica ,acreditando que na monarquia e na aristocracia se encontraria a alta virtude ,já que esta é um privilégio de poucos indivíduos . também diz que na pratica ética ,nos somos o que fazemos ,ou seja ,o homem é moldado a medida em que faz escolhas éticas e sofre as influencias dessas escolhas.’’
            O mundo Essencialista é o mundo da contemplação, idéia compartilhada pelo filósofo grego antigo Aristóteles .no pensamento filosófico , os sere humanos aspiram ao bem e á felicidade ,que só podem ser alcançados pela conduta virtuosa .para a ética essencialista o homem era visto como um ser livre ,sempre em busca da perfeição .
A ética essencialista tem três aspectos :
·         O agir em conformidade com a razão;
·         O agir em conformidade com a natureza e com caráter natural de cada individuo;
·         A união permanente entre ética (conduta do individuo)e politica (valores da sociedade).
            A ética era uma maneira de educar o sujeito moral (seu caráter) no intuito de propiciar a harmonia entre o mesmo e os valores ,sendo ambos virtuoso.
            Com cristianismo romano, através de são tomas de Aquino e santo Agostinho, incorpora-se a ideia de que a virtude se define a partir da relação  com Deus e não a cidade ou com os outros .Deus é considerado nesse momento o único mediador entre os indivíduos .através deste cristianismo, se afirma na ética o livre-arbítrio ,sendo que o primeiro impulso da liberdade dirige-se para o mal(pecado). O homem passa a serfraco , pecador ,dividido entre o bem e mal. O auxilio para a melhor conduta é lei divina .A ideia do dever surge nesse momento.com isso , a ética passa a estabelecer três tipos de conduta: a moral ou ética ,a imoral ou antiética e a indiferente á moral.
3.4 Descartes
            “As profundas transformações que o mundo sofre a partir do século XVIIcom  as revoluções religiosas ,por meio de Lutero: cientifica ,com Copérnico e filosófica, com Descartes , oprimem um novo pensamento na  era moderna ,caracterizada pelo racionalismo cartesiano. agora a razão é o caminho para a verdade , e para chegar a ela é preciso um discernimento , um método . Em oposição á fé surge agora o poder exclusivo da razão de discernir, distinguir ecomparar .  este é um marco na historia da humanidade que a partir dai acolhe um novo caminho para se chegar ao saber: o saber cientifico ,que se baseia-se       num método e o saber sem método é mítico ou empírico.”
3.5 Kant
            “A ética moderna traz á tona o conceito de que seres humanos devem alcançar seus tratados sempre com fim da ação e nunca como efeito para alcançar seus interesses .ele afirmava que :não existe bondade natural. Por natureza somos egoísta , ambiciosos, destrutivos, agressivos , cruéis , ávidos de prazeres que nunca nos saciam e pelos quais matamos ,mentimos ,roubamos.”
            De acordo com esse pensamento ,para tornamos seres morais era necessário nos submetermos ao dever. Kant afirma que se nos deixarmos levar por nossos impulsos ,apetites , desejos e paixões não teremos autonomia ética ,pois a natureza nos conduz pelos interesses de tal modo que usamos as pessoas e as coisas como instrumentos para o que desejamos .não  podemos ser escravos do desejo.
            No século XIX ,Friedrich Hegel traz uma nova perspectiva complementar e não abordada pelos filósofos da modernidade .ele apresenta o homem X cultura e historia , sendo que a ética deve ser determinada pelas relações sociais .como sujeitos históricos culturais ,nossa vontade subjetiva deve ser submetida á vontade social , das instituições da sociedade .desta forma a vida ética deve ser determinada pela harmonia entre vontade  subjetiva individual e a vontade objetiva cultural .assim interiorizamos os valores culturais de tal maneira que passamos a pratica-los instintivamente ,ou seja ,sem pensar.

4.   CIÊNCIA E ÉTICA

             Segundo Ricardo Fenatiem seu artigo a ciência é um  traço que singulariza as sociedades modernas . é a ética exerce particular interesse ,associada que está ao espetacular desenvolvimento contemporâneo das ciências da vida .se aceitarmos a associação  entre a atitude ética e o estabelecimento de alguma espécie de limite, que aproximações podemos fazer entre ética e a ciência ,entre procedimentos éticos e a busca do conhecimento? Sociedades tradicionais ,ordenadas de um ponto de vista religioso sempre se pautaram pelo reconhecimento de limites intransponíveis ,derivados da afirmação da finitude humana. sociedades  dessa espécie não tem dificuldades para admitir existência de áreas indevassáveis  ao conhecimento. Outro é o contexto das sociedades a quepertencemos . a ideologia preconiza a defesa da liberdade mais plena no que diz a respeito ao conhecimento . a concepção moderna da ciência é inseparável da progressiva reafirmação do principio da autonomia da pesquisa e rejeição , inegociável, da tutela ,seja religiosa ou politica .
            Entretanto uma coisa é reconhecer limites no nível da ação , aceitar normas e padrões éticos na nossa relação com a natureza e proibir certas ações como inoportunas ou improprias .outra coisa muito diferente é reconhecer ou estabelecer limites ao conhecimento e não apenas á sua aplicação .a ideia de uma ética da ciência ,no sentido preciso de um pacto em torno de valores a que atividade de conhecimento deva se submeter ,talvez seja uma meta ,se desejada ou , mesmo se não desejada ,de cumprimento impossível
            A busca da verdade , tal modo ,hoje, entendemos nas modernas ciências ocidentais ,é autolegitimadora , não tendo como ser objeto de uma ética .escolhemos a ciência como estratégia mais segura e consequente de obtenção da verdade.
            Concluiu-seque  ciência tenta discernir com sabedoria ética o melhor para o ser humano. Sendo de muita importância este apelo ético na ciência, pois a sociedade depende das consequências.
A ética é uma característica própria a toda ação humana, tendo como objetivo facilitar a realização das pessoas. A ciência envolve investigação e busca pela verdade. Na ciência temos a ética como suporte para não haver erros, pois a responsabilidade faz parte da ética e é fundamental no meio cientifico. A produção cientifica não se realiza fora de um determinado contexto social e político.











5.   DILEMAS ÉTICOS E A CIÊNCIA
5.1 Aborto e infanticídio
            O aborto e o infanticídio no Brasil são considerados crimes ,não só por seu aspecto jurídico ,mas como religioso e cultural.
            A Religião predominante no Brasil é o catolicismo, porém também há presença do judaísmo , espiritismo e protestantismo. A igreja católica , assim como o espiritismo e protestantismo , baseia seus argumentos contrários ao aborto segundo a tabua dos 10 mandamentos , contém o mandamento: ´´não matarás´´. Além de ressaltar que todo ser humano recebe o direito á vida de Deus , e não dos pais ou autoridade .
            Já o judaísmo a criança só se torna viável ao completar 31 dias de nascimento, antes disso o feto não possui condições de sobrevida sem útero materno. Mesmo que uma criança venha a morrer um mês após o nascimento é considerada pela lei judaica , como um aborto e não uma personalidade legal.
            A legislação brasileira o aborto é considerado crime nos artigos;124,125,126,127 e 128, I,II, todos do cp. Onde fica expressamente proibido a pratica com previsão de pena de 1 a 3 anos de prisão para a gestante e de 1 a 4 anos para medico ou qualquer outra pessoa que realize a retirada do feto.
O aborto no Brasil só é permitido em caso de anencefalia.
5.2 Infanticídio Indígena
            No Brasil é um dos casos onde se pode encontrar o confronto entre o relativismo cultural e o universalismo dos direitos humanos. Os motivos desses povos indígenas cometerem esses atos são variados ,porem estão associados á questão das crenças e do poder que os mitos exercem nessas tribos , que possuem sua próprias leis de acordo com sua cultura.
            Critérios gerais das tribos; a incapacidade da mãe dar atenção e os cuidados necessários a mais de um filho ,o fato do recém-nascido estar apto ou não a sobreviver naquele ambiente em que nasceu, e a preferencia por um sexo.
            O infanticídio para aquela tribo se revela um motivo justo quando se pretende proteger a comunidade indígena.
            Declaração das nações unidas sobre os direitos dos povos indígenas
Art.1
            Os indígenas tem direito ,como povos ou como pessoas ,ao desfrute pleno de todos direitos humanos e liberdades fundamentais reconhecidos pela carta das nações unidas, pela declaração universal de direitos humanos e o direito internacional relativo aos direitos humanos.
Art.2
            Os povos e as pessoas indígenas são livres e iguais a todos os demais povos e pessoas e tem o direito a não ser objeto de nenhuma discriminação no exercício de seus direitos fundado, em particular, em sua origem ou identidade indígena.






















6.   ASPECTOS BIOLÓGICOS DA CLONAGEM

            A palavra clone, para identificar indivíduos idênticos geneticamente foi introduzida na língua inglesa no início do século XX. A sua origem etimológica é da palavra grega klon, que quer dizer broto de um vegetal.
            A clonagem é uma forma de reprodução assexuada que existe naturalmente em organismos unicelulares e em plantas. Este processo reprodutivo se baseia apenas em um único patrimônio genético. Nos animais ocorre naturalmente quando surgem gêmeos univitelinos. Neste caso ambos novos indivíduos gerados tem o mesmo patrimônio genético. A geração de um novo animal a partirde   outro pré-existente ocorre apenas artificialmente em laboratório  Os indivíduos resultantes deste processo terão as mesmas características genéticas cromossômicas do indivíduo doador, ou também denominado de original.
            A clonagem em laboratório pode ser feita, basicamente, de duas formas: separando-se as células de um embrião em seu estágio inicial de multiplicação celular, ou pela substituição do núcleo de um óvulo por outro proveniente de uma célula de um indivíduo já existente.
            A preocupação com a abordagem das questões éticas dos processos de clonagem não é recente. Desde a década de 1970 vários autores tem discutido diferentes questionamentos a respeito dos aspectos éticos envolvidos. Paul Ramsey, em 1970, propôs a importante discussão sobre a questão da possibilidade da clonagem substituir a reprodução pela duplicação. Esta possibilidade reduziria a diversidade entre os indivíduos, com o objetivo de selecionar características específicas de indivíduos já existentes. Isto teria como conseqüência a perda da individualidade, com a possível despersonalização destas pessoA questão ética em torno dos clones humanos retornou com a entrevista do físico Richard Seed (Chicago/EUA), feita através da imprensa internacional, no início de 1998. Este físico, sem vínculo acadêmico e que já realizou pesquisas em biologia, afirmou que poderia produzir clones humanos até a metade do ano de 1999. Chegou a estimar poderia produzir até 500 destes indivíduos por ano. Suas colocações reacenderam as discussões a este respeito em várias partes do mundo (Estados Unidos, Austrália, Europa).
            Nos Estados Unidos, os estados da Califórnia,Louisiana, Michigan,RhodeIsland e Texas tem leis que proíbem a clonagem em seus territórios. No Brasil, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, talvez extrapolando a sua competência legal, baixou uma Instrução Normativa 08/97, de 9 de julho de 1997, proibindo a manipulação genética de células germinativas ou  humanas, assim como os experimentos de clonagem em seres humanos. Vale ressaltar que já tramitaram quatro projetos de lei no Congresso Nacional sobre a questão da clonagem de seres humanos. Todos estes projetos proibiam este procedimento, baseando-se principalmente em aspectos religiosos ou de temor frente a este tipo de procedimento.
            O Prof. Joaquim Clotet, em 1997, referindo-se a  questão da proibição da clonagem, afirmou: “a pesquisa não deve ser banida, apenas deve ser orientada para o bem geral da humanidade”. Esta é a posição que reconhece que este conhecimento é um “conhecimento perigoso”, mas não um conhecimento que deva ser banido. O que deve ser reforçado é a noção de que a clonagem é um procedimento que tem riscos associados.  A questão da clonagem é um excelente exemplo de aplicação para o Princípio da Precaução, tão atual, mas pouco discutido na Bioética.















7.    ÉTICA NA ATUALIDADE
Duas correntes de pensamento:
            Ética praxista, é a visão cuja qual o homem tem a capacidade de julgar, ele não é totalmente determinado pelas leis da natureza, nem possui uma consciência totalmente livre. O homem tem uma co-responsabilidade frente as suas ações.
            Sua ação não pode mais ser analisada fora da coletividade. por isso a ética ganha uma nova dimensão politica .
            A Ética Pragmática,com raízes na apropriação de coisas e espaços ,na propriedade ,tem como desafio á alteridade (misericórdia, responsabilidade ,solidariedade) para transformar o ter ,o saber e o poder em recursos éticos para solidariedade ,contribuindo para a igualdade entre os homens: distribuição equitativa dos bens materiais, culturais e espirituais.
            O homem é politicamente ético ,e todos os aspectos da condição humana ,tem alguma relação com a politica ,e há uma co-responsabilidade em prol de uma finalidade social: a igualdade e a justiça entre os homens.
7.1 Nietzsche
            Atribui a origem dos valores éticos ,não á razão ,mas a emoção. Segundo ele , o homem forte é aquele que não reprime seus impulsos e desejos, que não se submete a moral demagógica e repressora .
7.2 Freud
            Afirma que o homem não dever viver de acordo com sua paixões ,apenas buscar equilibrar e conciliar ,ou seja, o ser humano deve tentar equilibrar a paixão e a razão.não há mais espaço voltada para uma comunidade .hoje se aposta no individualismo, no consumo, na rapidez de produção por causa da globalização.
            Existe hoje um problema ético-politico, forças de dominação tem se consolidado nas estruturas sociais e econômicas, mas através da critica e no esclarecimento da sociedade seria possível desvelar a dissimulação ideológica que existe nos vários discursos da cultura humana, sabendo disso ,essas mesmas forças tem procurado controlar a mídia. trata-se da Ética da obediência, que impede o homem de pensar, e descobrir uma nova maneira de se ver, e assim encontrar saída em relação ao conformismo de massa que esta na origem da banalidade do mal, do mecanismo infernal  em que estão ausentes o pensamento e a liberdade do agir.
8.    CONCLUSÃO
      Pode-se concluir que, embora adquira conhecimento, sem a ética a ciência é a ciência. De tal forma, todo conhecimento adquirido, por intermédio científico, tende a exigir determinado comportamento humano, ou seja, exige ética.
      A ética é uma espécie de “doutrina” de como se portar no seu meio social. Assim, é possível dizer que a ética faz com que o homem reflita sobre os valores que devem ser mantidos para o repasse de um conhecimento.
      Todo ramo científico necessita da presença da ética. A ética acarreta como um dos seus principais princípios a responsabilidade, sem esta a ciência se torna um pensamento e estudo sem função social. A relevância dada as investigações científicas está diretamente ligada ao fato de os cientistas serem extremamente éticos e responsáveis.
      Com isso é possível concluir que a ciência é cega sem a ética, ou seja, ambos estabelecem uma relação de dependência. Onde a ciência depende da ética para alcançar o êxito.




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