sábado, 30 de maio de 2015

Característica de um bom pesquisador

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Metodologia do trabalho científico







Características de um bom pesquisador









Carolinne Sousa
Gabrielly Dutra
Matheus Barbosa
StefanyMorosini







Característica de um bom pesquisador

     O pesquisador de hoje deve estar predisposto a enfrentar e vencer vários desafios, buscando criar novos conhecimentos, procedimentos e soluções para os diversos problemas. Tais conhecimentos criados e alguns aperfeiçoados devem ultrapassar as barreiras físicas e políticas das instituições de pesquisa, sendo divulgados e aplicados no meio social na qual àquela instituição de pesquisa está inserida, com o objetivo de beneficiar e melhorar a realidade da sociedade.
Segundo Schanaider (1994), os preceitos que alicerçam a escola médica compreendem 3 compromissos principais: o ensino, a pesquisa e a integração social. Assim, a produção do conhecimento científico, a formação profissional e a prestação de serviços à comunidade são os elos indissociáveis que dimensionam a educação médica.
Dessa forma, o pesquisador deve assumir o perfil de agente transformador do meio social no qual está inserido, ou seja, deve ter o perfil de pesquisador-professor, isto é, aquele que produz conhecimento e que o repassa para os possíveis alunos.
O pesquisador deverá conduzir qualquer tipo de pesquisa com consciência e responsabilidade ética, social e política, tendo sempre em vista um espírito crítico e empreendedor, pautado no raciocínio lógico e na autonomia intelectual. Atitudes de paciência, de criatividade, de persistência, de coragem para enfrentar desafios e romper paradigmas e de humildade, devem ser inerentes ao pesquisador, assim como a busca incessante pelo conhecimento, pela transformação e reprodução desse conhecimento também devem ser características de um bom pesquisador.
O agente da pesquisa deve agir buscando a integração dos centros de pesquisa universitários à iniciativa privada, como forma de parceria, objetivando interesses comuns e em prol do desenvolvimento científico e social, pois assim criarar-se-á condições necessárias para a captação de recursos imprescindíveis ao desenvolvimento da pesquisa.
No perfil do pesquisador, deve-se estar inserida a idéia de que é necessário estabelecer a pesquisa como princípio educativo, privilegiando a construção e reconstrução do conhecimento como processo central do ato educativo. Assim, todo pesquisador deve experimentar o ambiente da aula, fazendo dela seu próprio laboratório, abrindo assim os olhos dos alunos para as questões científicas que giram em torno dos conhecimentos transmitidos.
O pesquisador deve adquirir uma postura de amante e entusiasta da pesquisa, alimentando um interesse constante em decifrar os enigmas postos pelas questões que se passam na sociedade e uma vontade de saber mais, por amor ao conhecimento.
Quais seriam as aptidões desejáveis de um bom cientista? É evidente que elas podem variar em função de fatores como área de atuação, local de trabalho e região de atuação. Mas existem algumas aptidões essenciais.
Paixão pelo conhecimento: O cientista deve procurar ampliar os seus conhecimentos. Ou seja, nunca deve estar satisfeito com seu conhecimento. Segundo um ditado popular, ‘quanto mais se estuda mais se tem certeza de que seu conhecimento é pequeno’. A procura do conhecimento de ser realizada diariamente durante toda a vida profissional.
Criatividade: É outra aptidão fundamental na vida de um cientista. Aquele que não inova só irá repetir o que os outros já executaram. Em alguns casos isso até é importante. Contudo, o profissional não se realiza. O bom pesquisador é aquele que está sempre procurando alternativas, seja na metodologia utilizada, no modo de análise e interpretação e/ou saindo da rotina.
Saber ver e delimitar um problema relevante: Poucos pesquisadores possuem essa habilidade. Não basta identificar o problema – é preciso ter a visão de que você e seu grupo são capazes de resolvê-lo. E, mais ainda, saber avaliar se a solução será obtida em tempo hábil. Ou seja, não adianta solucionar um problema quando ele não mais existe.
Persistência: Em toda atividade, persistir é fundamental para o sucesso. Mas, para o pesquisador, a persistência é indispensável. Muitos pesquisadores, a qualquer insucesso ou aparecimento de uma novidade, paralisam seu trabalho e migram para novas áreas. Muitos atuam como verdadeiros surfistas, sempre procurando uma nova onda. A ciência, na verdade, é repleta de ondas. As novas trazem status e recursos. Os pesquisadores são assim, sempre atraídos por mudanças.
Capacidade administrativa: Na condução de uma pesquisa está envolvida uma série de recursos como pessoal, infraestrutura e material. Assim, o pesquisadores quase sempre atua como um gerente. O bom gerente é aquele que é capaz de manusear os recursos do modo mais eficaz possível.
Liderança: A solução de problemas quase sempre envolve um grupo de pessoas. Para se atingir o objetivo o mais rápido e com maior eficiência possível, é necessário liderança. A liderança envolve mais a habilidade de conviver com pessoas do que propriamente conhecimento. Ninguém exerce liderança sobre outro porque domina mais o assunto.
Habilidade de expressar resultados: A ciência sobrevive dos resultados. O pesquisador não é diferente: só continuará obtendo recursos e sendo reconhecido perante a comunidade científica se mantiver ativa sua produção de conhecimento. Assim, é indispensável que ele possua habilidade de comunicar o produto de suas pesquisas. Há profissionais que possuem excelentes resultados, porém nunca chegam ao usuário por falta de comunicação. Quando isto ocorre, há desperdício de tempo e recursos. E, mais ainda, o grupo envolvido sente-se frustrado.
Espírito empreendedor: O pesquisador deve ser empreendedor. Aqueles que simplesmente repetem as pesquisas já realizadas dificilmente terão sucesso em longo prazo. É necessário ser arrojado no sentido de propor ideias novas que poderão contribuir para o avanço científico ou para o bem da sociedade.
Trabalhar em equipe: O pesquisador deve ter flexibilidade para ser liderado, aceitar a opinião dos outros, valorizar o trabalho do grupo e ter humildade para reconhecer a importância de todos os envolvidos na pesquisa. Não significa deixar de expor suas ideias; a única atitude que não funciona é aceitar tudo o que é proposto. O pesquisador que não valoriza suas ideias é um ‘peão científico’.
Vocação para formar discípulos: Ninguém é eterno. Por isso, é necessário preparar os substitutos. Esse preparo deve ser iniciado o quanto antes, tendo em mente que o discípulo deve ser mais completo cientificamente que o mestre. Somente assim ocorrerá avanço científico. Há alguns pesquisadores que guardam segredo de tudo. Estão sempre com o medo de suas ideias serem ‘roubadas’. Mas um dia eles se aposentam ou morrem, e o conhecimento se perde com eles.
Sensibilidade social e política: Todo pesquisador, especificamente os do setor público, devem ter uma visão clara de que seu trabalho visa ao bem-estar da sociedade. Ele é pago por ela. Embora muitas vezes não seja cobrado, ela espera retorno do investimento. Muitos pesquisadores fazem pesquisa com o objetivo, primeiro, de equipar os seus laboratórios, e esquecem de procurar uma ideia nova.
Gostar do que faz: Só tem sucesso quem gosta do seu trabalho. Essa é a primeira condição para que os demais itens [anteriores] sejam exercidos em sua plenitude. Na vida, o ato de gostar de algo é um aprendizado. A esperança é que o pesquisador a cada momento tenha mais prazer no que está realizando.”


                           


      *Referencias do trabalho: 
http://www.artigonal.com/educacao-artigos/o-perfil-do-pesquisador-4573583.html

http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1841491